Dizia no anterior post, que no dia 29 de abril de 2006, pola primeira vez em muito tempo, me sentim estrangeiro na minha própria terra.
Non nos deixes coa intriga! 😀
Tranqüilo, David, que não vou deixar a ninguém com a intriga! Se não continuei antes, foi porque acontecêrom mais cousas e porque não dispugem de conexão a internet. Solucionados os atrancos no caminho, prossigo.
Nesse dia, e no que se seguiu, 30 de abril, participei num encontro que supostamente tinha carácter científico. Acudim acompanhado de uma pessoa muito especial e de um par de colegas, para apresentarmos um total de 6 trabalhos, dous por cabeça (os trabalhos do quarto integrante da ‘expedição’ não foram aceites).
Os trabalhos que quigemos apresentar iam de temas tão diferentes como a fotografia, a fenda digital ou a literatura, entre outros. E, por suposto, predendemos apresentá-los em galego polas seguintes razões:
- os trabalhos foram originalmente escritos em galego
- por pessoas galego-falantes,
- iamos apresentá-los na Galiza
- num evento pago com dinheiro público
- e em cujas bases se afirmava explicitamente que podíamos fazê-lo.
Porém, o público (na sua maior parte forasteiro) não se mostrou compreensivo com os nossos direitos e fez o possível por boicotar as nossas intervenções com interpelações do estilo “¡en castellano!” ou sonoros “¡ohhhh!” de lamentação cada vez que um de nós subia à palestra falar galego. Isso, por não falarmos de que muito desse público abandonou em massa a sala de palestras.
Visto o visto, numa das intervenções permitim-me lembrar ao público que as bases do encontro permitiam a apresentação em galego e que não se obrigava ninguém assistir às palestras. A resposta da moderadora foi que “o público merece um respeito”. Em nenhum momento pugera eu em questão o respeito que merece o público, mas alguém pareceu esquecer o fundamental respeito que merecíamos os palestrantes, falândomos galego no nosso país.
Comentários
Um comentário a “Estrangeiros na própria terra [II]”
Cada quen fala no que lle peta cando lle peta… sinto moito o que che pasou, recoñezo que é unha vergoña!!
A xente pode chegar a ser moi tiquismiquis e nunca coidan de coñecer as preferencias do persoal que critican.
Supoño que a todos, nalgún momento nos ten acontecido, así que intenta levalo con calma!
Aburiño