Nesta ligação podeis ler em tamanho mais grande o telétipo divulgado ontem pola agência de notícias espanhola Europa Press. É um claro exemplo de não-jornalismo.
A maior parte do telétipo não o reproduzi por dous motivos:
1) Está sujeito aos direitos de autoria da Europa Press, polo qual me limito a fazer uso do direito de citação.
2) Tem referências a pessoas que ainda não foram nem absolvidas nem condenadas polo delito de que estão acusadas, e não pretendo realizar um juízo paralelo.
Contudo, os parágrafos legíveis têm já avondas abominações como para motivar o meu artigo. Vou procurar ser didático e sintético na minha crítica.
- Dá como ponto assente que existe uma organização terrorista chamada Resistência Galega (em adiante, RG). Até onde sei, nunca tal cousa foi demonstrada, nem tampouco condenada nenhuma pessoa por pertencer a ela (corrijam-me).
- Vincula mais ou menos explicitamente o surgimento de NÓS-UP com o desaparecido Exército Guerrilheiro do Povo Galego Ceive. Até onde sei, radicalmente falso. NÓS-UP estruturou-se essencialmente ao redor de Primeira Linha —corrente dentro do BNG que se cindiu da organização em 1999— e grupos comarcais mais ou menos organizados de militância independentista.
- Afirma que, na década de ’90 do século passado, NÓS-UP aglutinou no seu projeto várias organizações, entre as quais cita AMI. Para desmontar essa palhaçada baste lembrar que NÓS-UP nasceu em 2001…
- Amparando-se num «segundo afirma o magistrado», metem no mesmo saco coletivos do mais variado como «el Ceivar» [sic], o «Espacio [sic] Irmandinho» e outros que, supostamente, estariam às ordens de uma «seção clandestina» da organização fantasma RG. Delirante forma de ensujar o nome de organizações cuja atividade, como bem assinala o telétipo, é «legal».
A presunção de inocência é ignorada, e os factos não demonstrados exibem-se como verdades. Senhoras/senhores de Europa Press, isso não é fazer jornalismo, isso é servir simplesmente de altifalante.
Comentários
2 comentários a “Resistência Galega e o não-jornalismo”
Contigo aínda foron eduacados que a min fartáronse de dicirme na carta que me mandaron que era unha maleducada e unha irrespetuosa coa decisión de baptizarme que tiveron meus pais no seu tempo. E que cando me baptizaron non era obrigatorio e se o fixeron seria por algo.
Parabéns, apóstata!
Nom sei quem foi o purpurado que inventou o argumento de que o baptismo é um “facto histórico” que nom pode ser apagado sem falsear a própria histórica.
A isso pode-se responder que também é um facto histórico que eu em 2003 tinha um telemóvel da Telefónica, mas isso nom significa que hoje me podam contar entre os seus clientes ou incluir-me nas suas bases de dados.