Hoje, em Madeira de Uz… Rua Sésamo para isolacionistas 🙂
Havia uma vez uma língua, o galego (ou galego-português, para uns senhores aborrecidos que estudam cousas aborrecedoras), que se falava num país chamado Galiza. Um dia o país dividiu-se em dous, Galiza e Portugal, com um rio polo meio, o Minho.
Os senhores de acima do Minho chamaram “galego” o seu idioma, e os de baixo do Minho “galego de baixo do Minho”, mas para evitar confusões no futuro usariam “português”. E como havia um rio polo meio, a gente para falar de um lado ao outro tinha de berrar muito… e como havia pouco dinheiro para fazer fontes, e como as afonias começavam a aumentar, tiveram de deixar de falar entre eles, circunstância alimentada também por algumas disputas familiares que por motivos de espaço não comentamos.
Assim, os que falavam galego de baixo do Minho, digo, português, começaram a falar só com portugueses. Os do norte, pola sua parte começaram a falar com um povo chamado castelhano, que estava trás de umas montanhas além do Berzo.
Aos do norte, galegos, não lhes foi bem com esses tais castelhanos… ao começo iam de simpáticos, e mesmo escreviam formosa poesia em galego, mas afinal passou não sabemos o quê, e o caso é que começaram a impor o castelhano na Galiza. Desta maneira, o galego ficou fora do ensino, da igreja, da justiça… dos âmbitos que, na altura, estavam considerados os mais fixe.
Aos portugueses foi-lhes algo melhor, e logo de cansarem de falar só entre eles, aprenderam a fabricar bons barcos e foram ver mundo. Assim foi que puderam falar com mais gente, em especial com garotas gostosas que toparam no seu caminho e que lhes ensinaram novas e formosas palavras.
Hoje em dia galegos e portugueses têm pontes para cruzar o Minho e podem volver falar entre eles. Continuam a se entender sem demasiados problemas, só que a falta de costume em se falarem tem feito com que às vezes as conversas sejam algo incómodas… mas bom, o dia que chegue a reconciliação total, decerto serão conversas maravilhosas.
Comentários
5 comentários a “Rua Sésamo para isolacionistas”
Máis claro auga
Conversas… galegas! xD
Xe, cada día sorpréndesme máis. Moi bo, rapás!
Esse comentário, vindo do Grande Gaiteiro, é todo um honor 🙂
a min acontéceme algo semelhante cos sudamericanos, porque aínda que me digan que falan castelán, cando me din cousas como “che boluda” ou cousas semellantes…
En fin, que o que quero dicer é que entre o galego e o portugués hai as mesmas diferenzas que entre o castelán de castela e o castelán de arxentina, mas eles dín que é a mesma lingua. Curioso 😛
beijinhosssssss