Já levo dous dias morto de nojo polo tratamento informativo do que aconteceu em Lazkao, sobretudo se o comparar com outros episódios. Procurarei não ser maçador, mas o mais analítico possível.
- A banda terrorista ETA colocou uma bomba diante da sede do PSE da localidade basca de Lazkao. (Evidência 1)
- A bomba afectou o local, mas também uma vivenda particular situada no andar superior. (Evidência 2)
- O dono da vivenda afectada armou-se de uma maça e provocou destroços na Herriko Taberna mais próxima. (Evidência 3)
- A Herriko Taberna não é a banda terrorista ETA. (Evidência 4)
- Os meios justificaram o ataque desse particular (mas não o da ETA) polo suposto cansaço dessa pessoa, pola sua desesperação e «pola presión de los radicales». (Evidência 5)
Estes, e não outros, são os factos objectivos do acontecido em Lazkao. Então, como as evidências da 1 à 4 podem dar para uma justificação como vemos na evidência 5? Está justificada uma agressão mesmo não fundada em factos objectivos (ev. 4)?
Porém, estes mesmos meios (e outros), no passado 8 de Fevereiro, já foram partícipes de uma outra manipulação com idêntica ausência de ética jornalística e de vergonha, e nas quais agressores objectivos passavam a ser tratados como vítimas.
Lamento que este home tenha sofrido destroços importantes na sua vivenda, mas isso não justifica (nem pode ser motivo de solidariedade) a agressão contra um local objectivamente desvinculado do que lhe aconteceu. Se a bomba a colocou a ETA, as responsabilidades são para a ETA. E se este senhor atacou um local não relacionado objectivamente com a sua perda, também deverá afrontar as pertinentes responsabilidades. E, por enquanto, a maior parte dos meios estão a ser cúmplices da turba, da justiça pola mão (que neste caso, já se vê que nem justiça é) e culpáveis objectivos de justificarem a violência. Para que logo se atrevam a dizer quem é um RADICAL.
Comentários
8 comentários a “Galicia Bilingüe, a Caverna e e a bomba de Lazkao”
A Caverna, como não podia ser de outro jeito, já pede o feche da Herriko Taberna: http://www.galiciae.com/nova/25982.html
esqueceuse do “facto 6”
as ameazas que verteron os (non) relacionados coa ETA (?) sobre o fulano que (mal) empregou a maza contra a herriko taberna… un fulano que se ve obrigado a marchar do seu país polas ameazas de morte que lle fixeron, segundo teño entendido. (ou será invención da caverna?)
en fin… porque non falamos dos peixes a cores?
ah! outra cousa:
encántame que NON se solidarice coa “agresividade”
pero debería facelo sempre
non segundo lle conveña a vostede 😉
Ameaças? Eu só vi cartazes condenando a destruição na Herriko Taberna, alguns mesmo exemplificando-o na pessoa desse senhor. Em nenhum lugar vi nada de ameaças (fora de nas TV’s espanholas, que já sabe a credibilidade que me merecem).
Mmm, parece-me algo forte. Alguma vez deixei de condenar a agressividade? Parece-me que não.
http://www.elpais.com/articulo/espana/joven/ataco/herriko/taberna/Lazkao/abandona/localidad/amenazas/elpepuespvas/20090225elpepunac_4/Tes
eu non falei de que vostede non “condenase” a agresividade;
falei de sentir ou non sentir “solidariedade” coa agresividade
que non é o mesmo 😉 (recorda o famoso artigo da concha rousia?)
“Eu só vi cartazes condenando a destruição na Herriko Taberna, alguns mesmo exemplificando-o na pessoa desse senhor.”
empeza vostede a empregar reviravoltas moi feas para explicarse, ao meu xuízo… uns eufemismos moi típicos de… en fin…
de todos os xeitos, de cantas evidencias habería que condenar é a que vostede describe no punto 1
as verdadeiramente graves
que che estraguen a túa casa dunha bomba polas túas ideas
o resto… son cousas menores (en comparación a esa, claro)
e reitero, para que quede clariño: o tipo fixo moi mal vingándose co “ollo por ollo”…
Em «circunstâncias normais» o importante seria que uns terroristas colocaram uma bomba que causou importantes danos na vivenda de um senhor. Concordas?
Agora, o que não se pode consentir é que neste caso se seja cúmplice de uma resposta violenta (e equivocada, já que a Herriko Taberna não lhe colocou a bomba), enquanto noutros casos se criminalizam jeitos de protesta que mesmo são pacíficos.
E agora foi a Herriko Taberna de Lazkao como antano foi a sede da Fundaçom Artábria ou já a da Revira. E que eu saiba nem da Revira nem de Artábria foram tomar a justiça pola mão contra os militantes da extrema-direita de Ferrol e de Ponte Vedra, mesmo sabendo à perfeição onde se reúnem. Tampouco, é claro, os meios se solidarizaram com eles.
Pois entón que pechen certo local da Coruña do que me convidaron amablemente a saír por falar en galego.
Non é, por suposto, a primeira vez que se manipula de tal xeito unha noticia en Euskadi. Nesta ocasión, apareceron como vítimas os do Foro de Ermua. A actitude violenta por parte dalgúns concentrados en apoio a Iberretxe era visible, mais no video foron sutilmente eliminados todos os fragmentos nos que os membros do Foro de Ermua, algúns deles ex-falanxistas, provocan, agreden e insultan aos concentrados. Xa non me escandalizo… O vídeo capturado da ETB con esa noticia, no que se ven todos os feitos, foi retirado do Youtube “debido a una infracción de los términos de uso”.
mire… doulle un consello
non sufra
e faga coma min
aquí en portugal nin se cheiran as movidas esas
(felizmente)
nin as vascas nin as quero-ser-vascas
Alema, véñolle notando algo raro ultimamente… non sei como explicalo. Vostede quere ser portugués, verdá? xD