Um comentário que li em Vieiros foi o que me inspirou este artiguinho. De todas e todos é sabido que a pronúncia comum do x nas palavras cultas não se corresponde com o grupo ks, salvo em pronúncias forçadas e pedantes. Deste jeito, a palavra próximo lemo-la próssimo cá na Galiza e prósimo (com z sonoro) no resto da Lusofonia. Texto pronunciamo-la como testo (com o e aberto, para diferenciar de um testo —recipiente—).
Pois bem, isto que parece de senso comum, a RAG e o ILG não o entendem igual, e durante décadas fomentaram o uso de palavras como esixir ou osíxeno, nas quais o x inicial foi convertido num s sem vir a conto. Especialmente preocupante o segundo caso, pois ademais é um decalque do castelhano oxígeno (oxigênio).
Timidamente, ambas as duas instituições consideram como variantes as formas exixir e oxíxeno. Chegado a este ponto, o lógico seria perguntar-se: e porque a ILG/RAG não propugnou prósimo, testo, coasial ou tósico, por pôr apenas uns poucos exemplos?
Comentários
6 comentários a “«Esixo» que no «prósimo» «testo» das normas da RAG sejam coerentes… Ou os entubem a todos com «osíxeno»”
agora é que fico com dúvida: em português diz-se próximo com fonema /z/ ou /s/?
eu creo que a RAG optou por próximo e non prósimo por cuestión etimolóxica… 🙂 entendo eu, vaia
pois eu coido que usárom um dado :p em «esixir» esqueceu-lhe a cuestión etimolóxica?
bueno, para iso xa está a solución dobre de agora:
se queres pos esixir, se queres pos exixir
home, realmente exixir dificulta máis a lectura porque tendes a ler eshishir, mentres que con esixir, xa sabes a que te expós 😀
peor é o reintegracionismo que escribe exigir, igual que en español internacional de españa. 😛
escribe exigir para ler supostamente esixir 😛
Em português de Portugal estou praticamente seguro de que se pronuncia com /z/, ou seja, com esse sonoro.
E se a RAG utilizou o critério etimológico com próximo, qual o motivo para prescindir desse critiério em exigir, que vem do latim exigere?
Dificulta a leitura porque tendes a ler com x? Caráfio, pois também a tendência seria a ler “próshimo”, e bem sabes que isso não acontece. A gente não é tão parva, penso eu, como para saber o que é um grupo culto e que se leria “eksishir” (ou “essishir”, como toda a vida).
Desculpa, mas é exigir igual que no galego internacional de Portugal ou do Brasil 😀
Igual que escrevemos próximo com xis para “ler supostamente” próssimo, que é a pronúncia comum galega.
non, non… por iso manteñen a dobre opción:
a etimolóxica (exixir) e a outra (esixir) 😛