BNG caminha cara à Lusofonia

XIII Assembleia BNG - ÂmioDesde a XIII Assembleia Nacional, no passado mês de janeiro, o Bloco Nacionalista Galego (BNG) está a dar decididos passos cara à Lusofonia, espaço que por direito nos pertence a todas as galegas e galegos.

A crónica publicada no PGL naquela altura dá conta da aprovação de várias emendas que, sem ambagens, situam o BNG no caminho do reintegracionismo. Uma das emendas, referente à arquitetura comunitária e ao uso da nossa língua, diz:

No entanto, ao formarem parte o galego e o português do mesmo sistema linguístico, a nossa língua pode ser usada oralmente e por escrito em qualquer instância europeia. Esta possibilidade de uso oral e escrito será sempre prioritária para as/os nossas/os eurodeputadas/os.

Outra das emendas aceites, é um novo ponto na secção sobre normalização linguística:

O BNG defenderá a promoçom, publicidade e difusom de toda a produçom escrita em galego sem as restrições e discriminações ortográficas atuais, tanto a nível nacional como nos âmbitos locais.

Finalmente, o conclave nacionalista aceitou uma terceira emenda claramente reintegracionista que insta o BNG a:

Elaborar ações concretas no terreno cultural, educativo e social que reforcem o conhecimento mútuo e as relações com a lusofonia, e que evidenciem a potencialidade e projeçom internacional do nosso idioma com o objetivo de o prestigiar na nossa sociedade. Nesta estratégia promoveremos a participaçom da Galiza como membro de pleno direito na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), defendendo o afortalamento das relações culturais com Portugal, Brasil e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Na linha do aprovado nessa assembleia, particularmente na terceira das emendas mencionadas, o BNG apresentou esta semana uma proposição não de lei para a incorporação da Galiza à CPLP como observadora associada.

Para realizar este pedido, o BNG baseia-se no artigo 35.3 do estatuto de autonomia da Galiza, que recolhe a possibilidade de estabelecer tratados ou convénios que permitam o estabelecimento de relações culturais com os Estados com que mantenha «particulares vínculos culturais e linguísticos», bem como no artigo 7.1 da CPLP, que permite a entrada como observadores associados de aquelas entidades territoriais dotadas de órgãos de administração autónomos.

Bieito Lobeira, porta-voz de Língua do BNG no Parlamento,
defende as vantagens que teria para a Galiza a incorporação à CPLP


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