Incursão polo castro de Vila Donga

castro de vila donga 1Na passada ponte fomos de excursão/incursão pola Terra Chã profunda, às raízes de Uz. Uma das paragens que visitamos foi o castro de Vila Donga, que recebe o nome da freguesia castreja homónima. O castro começou a ser escavado em 1971, e periodicamente continuam nele os trabalhos arqueológicos, como foi o caso do dia em que o visitamos e como se pode comprovar nos precintos que se vem nas fotografias.

Ao pé do castro há um museu arqueológico, um dos mais importantes da Galiza no que respeita à arqueologia castreja. A visita, para lá de gratuita, é obrigada, já que o visitante poderá visualizar em poucas salas a evolução dessa cultura, desde os primórdios pré-cristãos à época final de assimilação aos usos romanos.

O jazigo é realmente importante, não apenas polo valor histórico dos materiais conservados (torques, facas, ânforas, machadas de seixo e de cobre, agulhas, cadeias…), mas também pola perfeita conservação do baseamento dos edifícios, podendo-se comprovar a forma da planta de todos eles. Também se conservaram elementos arquitectónicos perdidos noutros castros, como é o caso dos gonzos, o qual demonstra que os castrejos sabiam construir portas como as conhecemos hoje.

Por outra parte, o de Vila Donga é o protótipo de castro defensivo, com várias muralhas e foxos que albergam dous ante-castros e uma acrópole (ou croa) central, que é onde se concentram a maior parte dos edifícios já escavados.

Trata-se, pois, de uma visita indispensável para o visitante que quiser conhecer uma parte relevante da nossa (pré-, proto-)história, assim como para os afeiçoados à arqueologia em geral ou, simplesmente, para as pessoas que procurarem um entorno natural privilegiado, como se pode adivinhar nas fotografias que ilustram este post.

+ Mais informação:
– Web da Associação de Amigos do Castro de Vila Donga


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Comentários

2 comentários a “Incursão polo castro de Vila Donga”

  1. Avatar de Ulmo de Arxila
    Ulmo de Arxila

    Umha marabilha esse castro de Viladonga, mádia leva; a jóia arqueológica da “Terra Chá de Castro de Rei” ou, como outros preferimos chamá-la para evitar tentativas imperialistas “fônas”, da “Terra da Balura” 😉
    Parabéns pola nova estética!

  2. Avatar de Uz

    Obrigado a ti, que me vês com bons olhos 😉