A religião, fora das escolas

As escolas, certamente, são templos do saber, ou ao menos essa é uma das funções que deveria ter. O saber abrange todo tipo de disciplinas. Dentro destas temos de diferenciar as científicas e técnicas (de carácter universal) e as sociais e humanas (que variam em função do país). Assim, por exemplo, a Biologia ou a Matemática têm os mesmos métodos e conteúdos na Itália ou no Brasil. Porém, a Literatura ou a Geografia adaptam-se a cada realidade: Literatura Galega, Literatura Inglesa, Geografia (da Alemanha, da Grécia, da China…).

pantocratorTodas essas disciplinas têm em comum que se baseiam no real, no existente, em factos comprováveis, agás quando se fala (e sempre explicitamente) das Teorias. Uma outra questão é já a religião, que dificilmente poderíamos chamar disciplina (sim o é, porém, a Teologia), mas um conjunto de saberes, de modos de encarar a vida, e sempre com uma interpretação muito subjectiva (às vezes, mesmo reaccionária).

A obriga dos mestres é educar numa série de valores universais (a tolerância, o respeito, as boas formas, a amizade, a solidariedade…). Porém, os valores religiosos não são universais, porque mudam em cada religião. Um professor que pensa em base a uma determinada religião não deveria inocular o desrespeito pola música. Um outro professor tampouco deveria inculcar-lhe aos alunos a repressão da sua sexualidade.

As religiões, como já disse no post anterior, já há muito tempo que cumpriram com o seu labor, e actualmente são mais causa de problemas do que achegas a uma solução. No caso particular da Galiza, com competências em matéria educativa, devemos exigir que se tomem as medidas necessárias para eliminar a religião das escolas. Actualmente há muitos centros no nosso país onde proliferam crucifixos, retratos de Cristo ou da Virgem, estatuinhas de santos… na casa de cada um estão bem, mas na casa de todas (porque a Escola é a casa de todos) sobram.

Actualmente, reitero, em muitos centros do país há elementos religiosos que pertencem a um culto muito concreto. E devido a que a Escola a pagamos entre todas, todos nós deveríamos reclamar a sua retirada, já que incluir os símbolos de quanta religião há no mundo é mais do que impossível.

As ideias são livres e cada pessoa tem as suas. Estas são as minhas. Alguém concorda?

. . . . .
ADDENDA 26 de janeiro: muito obrigado ao jornal digital Vieiros por ter incluído este artigo no seu repasso diário do Blogomilho.


Publicado

em

por

Etiquetas:

Comentários

7 comentários a “A religião, fora das escolas”

  1. Avatar de marykinha
    marykinha

    O tema da relixión na escolas é unha cuestión algo complexa, sobretodo polo contido as alterativas que ofertan certos centros.
    Según as últimas leis educativas, a solución pasa por a creacción dunha materia denominada Educación na cidadanía para inculcar os valores que se adoitan inculcar coa ensinanza dunha relixión.
    Outra alternativa, sería a preparación dun programa teolóxico no que se estude Historia das Relixións, posto que é cultura xeneral e tamén axuda a proliferar a tolerancia e o respeito a outras culturas e relixións distintas a que un posúe.
    O que está claro é que a relixión, ao igual que o resto das materias do curriculum escolar, teñen que actualizarse a adaptarse a realidade social que hai nos nosos días na sociedade actual.
    Bicos

  2. Avatar de marykinha
    marykinha

    O tema da relixión na escolas é unha cuestión algo complexa, sobretodo polo contido as alterativas que ofertan certos centros.
    Según as últimas leis educativas, a solución pasa por a creacción dunha materia denominada Educación na cidadanía para inculcar os valores que se adoitan inculcar coa ensinanza dunha relixión.
    Outra alternativa, sería a preparación dun programa teolóxico no que se estude Historia das Relixións, posto que é cultura xeneral e tamén axuda a proliferar a tolerancia e o respeito a outras culturas e relixións distintas a que un posúe.
    O que está claro é que a relixión, ao igual que o resto das materias do curriculum escolar, teñen que actualizarse a adaptarse a realidade social que hai nos nosos días na sociedade actual.
    Bicos

  3. Avatar de Galeguzo
    Galeguzo

    Efectivamente. Estudar algo como História das Religiões poderia ser uma matéria interessante a efeitos de adaptação curricular e enriquecimento cultural. No entanto, volvemos às mesmas: é impossível tratar todas as religiões.

    Evidentemente, eu estaria a favor da implantação de uma matéria assim (não se está fazendo já) sempre que não primasse uma religião sobre o resto.

    A efeitos práticos, suponho que se poderia circunscrever às religiões que temos mais próximas (as diferentes variantes do cristianismo, o islão, o judaismo, o budismo ou o hinduismo, e fazendo um percurso genérico polas religiões animistas e outros cultos singulares).

    Desde logo, nada a ver com o que está acontecendo agora. E, por suposto, para lá de como se enfrentar o tema, os símbolos religiosos devem sair da ‘decoração’ dos centros de ensino: crucifixos, retratos ou estatuinhas de santos estã por demais.

  4. Avatar de marykinha
    marykinha

    En certo colexio privado, do que ti máis eu coñecemos a dous alumnos, uns rapacez de 3º da ESO roubaron o crucifixo dun cadro que había nun aula
    Jejejeje quen lles metería tal cousa na cabeciña ^^?

  5. Avatar de Galeguzo
    Galeguzo

    Dios, quê bastos esses angelitos!!!

    Se já dizia eu que muito cureta na escola essa, mas depois… :p

  6. Avatar de marykinha
    marykinha

    Para a túa información, unha das “ateas” foi a túa querida Uxikinha (que por certo, deixo para ti unha pregunta no meu blogue)
    Teño por casa unha foto de como quedou o cadro, un día pasocha por mail!!!
    Bicos

  7. Avatar de Galeguzo
    Galeguzo

    Uixikinha respondida.
    Tenho gana de ver o cadro, hehehe!