Vão já dous anos que a Galiza perdeu um dos seus referentes culturais, um dos seus escritores nacionais, um digno mestre, uma bela pessoa. Vão já dous anos que a Galiza ficou sem Manuel Maria Fernández Teixeiro (Outeiro de Rei, 6 de outubro de 1929 – Corunha, 8 de setembro de 2004). A Voz da Chaira, como também era conhecido, nascera no concelho de Outeiro de Rei. Actualmente, a divisão por comarcas deixa o seu município natal fora da Terra Chã, mas nem por isso (logicamente) ele se deixou de sentir chairego, e alguns dos seus mais belos poemas falam desta bisbarra.
No seu dia senti muito a sua perda, sobretudo porque foi um autor cuja obra e pensamento conheci demasiado tarde (na secundária); e porque o conheci pessoalmente só três anos antes do seu passamento, concretamente na primeira edição do «Dia das Letras Chairegas» (lá por março do 2001).
Não sou muito dado às homenagens culturetas. De feito, nadinha, e nem muito menos esta o pretende ser. Por essa razão, passo olimpicamente de citar a sua bibliografia, características literárias e demais. Direi apenas que foi um autor excelso em todas as suas facetas literárias, e uma pessoa firmemente comprometida com a sua comarca e com o seu País em todos os âmbitos, desde o literário ao político ou o profissional.
Recitado do Manuel Maria na canção “Kömunikandø”, do disco homónimo dos «Diplomáticos de Montealto» (2003).