Segundo conta esta semana numa entrevista ao ‘USA Today’ o director da CIA, Porter Gross, a agência que ele lidera «usa habelenças legais para recolher informação, e fá-lo com uma variedade de métodos únicos e inovadores entre os quais não está a tortura». Ainda, acrescentou que a CIA se mantém «neutral» sobre a proposta do senador republicano John McCain de abolir quaisquer técnicas de interrogatório «cruéis, inumanas ou degradantes».
Como se pode defender desde uma suposta democracia uma “neutralidade” face a tortura? Pode-se também ser neutral para o genocídio? Vendo o sucedido sob o regime afegão dos talibães (chegados ao poder no Afeganistão graças aos EUA a começos dos ’90) ou na China actual (limpeza étnica no Tibete), qualquer um já teme a resposta.
NOTA: foi-me impossível atopar referências à entrevista na versão estado-unidense do Google-News.