A começos desta semana, o catalão Joan Martí i Castell rematava a sua coluna [PDF] em La Vanguardia com a seguinte reflexão: “neste momento, importo-me mais com como se definir a Catalunha que como se financia”.
No entanto, eu importo-me mais neste momento como se defina a Galiza e como se financia a Catalunha, que vem a dirimir também como se financiará a Galiza. Só quando deixemos de mamar do teto catalão, como aginha do europeu, veremos o que a Galiza dá de si. E veremos qual é que foi o legado de tantos anos de fragrância.
Nem sei, talvez o resultado nos doa muito, mas… As verdades doem. A verdade é cruel às vezes. De facto, nem todo o mundo está preparado para assumir a verdade. O mais doado, o que menos nos exige, e viver numa ilusão. Cumpre muito valor para enfrentar-se à realidade.
Dizia-se de um Papa inepto que o seu conselheiro orava decote “Senhor, ajuda-o a abrir os olhos para ver melhor e, se não for possível, fecha-lhos de vez”. Muitas vezes é com os olhos fechados que se vê melhor.
Comentários
2 comentários a “Fechar os olhos”
Machiño, o spam acribilla-nos! Eu levo anos desexando que dunha vez por todas nos desteten, porque teño complexo de choromiqueiro e parasito, e non havia máis que ver onde era que invertian os diñeiros das subvencións e subsídios os nosos benamados desgovernantes: enchentes comunais, panem et circenses, megálitos inservíveis etc. Se eu fose un catalán ou até un alemán, loxicamente, estaria muito zangado!
Asi que fechemos os ollos e tiremo-nos ao vento, que a piores lugares temos chegado.