Um país melhor, um futuro melhor (I)

O primeiro torpedo (im)popular

Esta cita eleitoral coincide, mais uma vez, em período pouco propício para os jovens do nosso país. Nesta ocasião, menos propício ainda que em citas precedentes, porque nos atopamos em pleno período de exames.

Muitos coetâneos e colegas universitários estão realmente indignados porque a data fixada para decidirmos o futuro político imediato da Galiza seja o 19 de Junho. Particularmente, a data cai-me no meio dos exames de Criação de Produtos na Rede mais Direito da Informação. Ora bem, com uma margem de três dias após o primeiro e dez antes do segundo (que boa falta fazem!). Tenho-o tido pior noutras citas, reconheço-o. Mas nem todas as minhas colegas e resto de parceria estão em tão ‘privilegiada’ situação.

A ninguém lhe pode passar despercebido o facto de que o voto universitário é, mormente, de esquerdas. Fixar a data no mês de maior data de exames e estrés constitui um torpedo lançado com premeditação e aleivosia contra o direito das moças e moços da Galiza a decidirmos o nosso Governo. Se já tradicionalmente os jovens, sobretudo os de esquerda, adoitam mobilizar-se menos que a direita; desta, a data aumenta os níveis de desencanto pola cita. E o desencanto pouco ou nada o remedia, nem a possibilidade do voto por correio.

Algum dia saberemos quem foi o artífice desta manobra maquiavélica que pretende incentivar o não-voto dos jovens (o futuro) deste país? Ou se quadra são eu o maquiavélico (e conspiranoico) por pensar deste jeito? Talvez, algum longínquo dia saibamos…


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