A vida que recuperamos

Com toda certeza, e melhor notícia do ano 2022 que hoje remata é a vida que recuperamos. A pandemia da covid-19 foi e ainda é um reto de grandes proporções, mas depois de tanto sofrimento ainda bem que o podemos dizer: obrigados/as, ciência!

Este 2022 recuperamos parte da vida que perdêramos. Ainda não é tudo como o conhecíamos em 2019; tampouco estão à nossa beira muitas das pessoas que formavam parte dos nossos diferentes círculos familiares e sociais. Mas, de maneira que antes parecia um sonho, fomos recuperando parte do que perdêramos.

Desejava há um ano uma esquerda da mão da ciência, um anseio que poderia fazer extensível a qualquer pessoa: devemos caminhar de mãos dadas com a ciência.

As vacinas, esse pequeno milagre, são as responsáveis de poder escrever isto agora. Umas vacinas que não saem do nada, mas de décadas de investigação e de muito investimento. A respeito disto, trago à tona uma outra reflexão: cousas tão importantes como a investigação científica (seja qual for a sua modalidade) não podem estar em mãos privadas, não podem depender das dinâmicas de mercado.

A pandemia demonstrou duas cousas. A primeira, que precisamos mais e melhor investigação do que nunca, com recursos económicos suficientes e condições laborais dignas. A segunda, que não podemos externalizar noutros países aqueles elementos dos quais depende a nossa segurança e bem-estar.

Com moderado otimismo, que 2023 seja um ano melhor que o que fica atrás.


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