«Grafia arcaica»: uma pequena vitória do reintegracionismo

ben-faladoSoube através do amigo Galegoman de uma pequena vitória do reintegracionismo. Foi no programa Ben Falado, emitido na TVG, e que apresenta Xesús Ferro Ruibal, membro da Real Academia Galega.

No capítulo concreto que vou tratar hoje, disponível no Youtube por gentileza do companheiro acima referido, fala-se dos apelidos Sanjurjo e Sanjorge. Dous apelidos, que, porém, têm a mesma origem, mas isso não interessa. O que interessa é que se trata de apelidos galegos e com grafia galega.

Há quase quatro anos publicava neste mesmo blogue o artigo Repete 100 vezes: antes de galeguizar, exemplo devo dar. Nele, criticava eu a «criminalização de formas bastante ou perfeitamente bem escritas como Janeiro, Feijoo/Feijó ou Lage/Laje, cujo único defeito e serem apelidos geralmente mal pronunciados (pronunciados à espanhola, é claro)».

‘Curiosamente’, o mesmo argumento é utilizado no Ben Falado, ainda que com outras palavras, se bem afinal acaba por dizer algo muito similar. O programa começa dizendo que na Galiza só há duas pessoas apelidadas “Sanxurxo”, com dous aberrantes X, mas «perto de 3.000 Sanjurjo, com a grafia arcaica». Depois falam do apelido Sanjorge, e dos antropónimos Jurjo e Jorge. Em todos os casos, ao pé da grafia própria da nossa língua, Sanjurjo/Sanjorge e Jurjo/Jorge, a pronúncia da voz em off é idêntica, isto é, à galega e nom à castelhana. Por último, e mais ‘surpreendente’, reclamam que estes apelidos sejam corretamente pronunciados, para lá da grafia.

É ou não é isto um completo triunfo, embora pequeninho, das teses reintegracionistas?


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