Tu quoque, Iolanda?

aduaneiros - fimComo acabo de comentar ao Berto, levo vários dias apirolado ou, se o preferirdes, desligado da actualidade da internet galega. Foi por isso que me surpreendeu uma informação que chegou esta manhã à minha caixa dos correios: o feche do web dos Aduaneiros sem Fronteiras.

Segundo reza o seu comunicado (que, polo que puder passar, converti em imagem), o feche obedece a uma suposta demanda do advogado da poetisa Yolanda CastaÑo. A cousa, mire-se como se mirar, só tem um nome: estupidez.

Resisto-me a acreditar que uma pessoa que se autoqualifica como inteligente, caso da musa bolgomilheira YC, possa ter criado aos seus pés uma armadilha deste tipo.

Ser inteligente é sinónimo de ser sensato, hábil ou conhecedor. Para mim, uma das melhores definições de inteligência é a seguinte:

capacidade de resolução de novos problemas e de adaptação a novas situações

Com efeito, não parece ter sido o caso. Para uma pessoa afeita às críticas como é o caso de YC, o facto de os Aduaneiros lhe terem feito um jogo paródico com a sua reconhecida excentricidade e frivolidade, não lhe deveria ter suposto maior problema.

A diferença, é claro, é dimensão global da paródia. Um novo problema, uma nova situação. E, polos vistos, não se soube adaptar, polo que (se os factos forem verídicos) a musa teria reagido do jeito mais radical: advogado e demanda que te criou.

Desde logo, e seja como for, o que parece claro é que com o feche dos Aduaneiros perdemos todos. Perdem os criadores, Berto Bértez e Pancho Pánchez, já que foi este o seu primeiro projecto com sucesso mundial. Perdemos os leitores, já que a auto-crítica da razão galega nos fez passar momentos maravilhosos…

(… até aqui a resposta esperada…)

… perde YC, porque, se tudo for certo, um resultado como este deixa a sua imagem irremediavelmente danada à vista de milheiros de galegos e, pois, de potenciais leitores, admiradores e o que for.

Tu quoque, Iolanda? Porque a morte dos Aduaneiros se escreve com Ñ de España.

 


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Comentários

Um comentário a “Tu quoque, Iolanda?”

  1. Avatar de Oscar de Lis

    Apenas me vem à cabeça umha palavra: auto-ódio.