A obriga de desconhecer o galego e Gibraltar

Parafrasando o meu post anterior, ainda não me recuperei bem do nojo de ler um comunicado injurioso contra parte dos representantes eleitos polos galegos e as galegas.

As manifestações da Junta estremenha, minhas donas e meus senhores, é que são o autêntico nacionalismo a evitar, o irracional face o científico.

Como se pode negar a vinculação da ‘fala’ estremenha com o galego e ao mesmo tempo reconhecer a vertente comum galego-portuguesa da mesma, e tudo no mesmo texto?

Qualquer filólogo estaria abriado, ademais, de ver a relação que fazem entre galego-português e a fala com o francês e o romanês… O que terão a ver alhos com bugalhos?

Ainda, como atrever-se a negar a legitimidade do Governo galego (ou o português se tivesse tido a bem mover um dedo) para demandar medidas sobre o galego-português estemenho e ao mesmo tempo pedi-las para o castelhano/espanhol doutras zonas do mundo?

Pior, como negar a essência e a consistência galego-portuguêsa da mal-chamada ‘fala’ e ao mesmo tempo afirmá-las para o castelhano/espanhol da Argentina, El Salvador ou do sefardita?

E já por último, lembrar que o galego-português se fala em muitas localidades estremenhas (nem todas as variedades seriam catalogadas como ‘a fala’), e isto é que é empiricamente certo, e não as reivindicações espanholistas sobre Gibraltar.

Junta al Día


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